Em Obra II


  • EM OBRA II
    Galeria Gaby Indio da Costa
    Rio de Janeiro, 2012

     

    TENSÃO / EXPOSIÇÃO ANA MUGLIA E RAFAEL PAGATINI 
    Agnaldo Farias, Rio de Janeiro, November 2012

    As pinturas/objetos de Ana Muglia deixam ver o tempo dispendido em sua execução, todos os variados passos concernentes a um caminho longo, tortuoso e profundamente meditado, no qual os protagonistas são as mãos e os olhos guiados por uma engenharia fundada no improviso e na capcidade de articular elementos díspares. Há um quê de parede em suas pinturas. Ou de tapume. Qualquer coisa indecisa entre um e outro e que nasce do desejo de vedar, construir um anteparo que, ademais de sua superfície movimentada, atrai pelas frestas obtidas. Pinturas no geral, nascem do desejo de sublimar a existência das paredes em que vem fixadas.
    São uma outra coisa, pretensamente mais especial. Mas não no caso de Ana que prefere produzir paredes, esse elemento que trai o desejo ancestral de isolamento, de abrigo. Como escreveu Osman Lins: “as paredes (de uma casa) impedem que nos dissolvamos na vastidão da terra. Nossa artista traz para a frente o que está por detrás, ativa-a, trabalha sobre ela até finalmente deixá-la num estado de inacabamento permanente. Vemos todas suas decisões, supressões e acréscimos, as marcas de suas ações que se vão depositando num plano que tanto pode ser grande como a parede de uma casa, como essas que ora ela apresenta logo à entrada da galeria, como nas telas de pequeno formato, onde esse labor resolve-se em solução camerística.

    (Extrato retirado do texto para a exposição em dupla com Rafael Pagatini realizada no Escritório de arte GABY INDIO DA COSTA, Rio de Janeiro, 2012)

    AT WORK II
    Gaby Indio da Costa Gallery
    Rio de Janeiro, 2012

     

    TENSION / EXPOSURE ANA MUGLIA AND RAFAEL PAGATINI
    Agnaldo Farias, Rio de Janeiro, November 2012

    Ana Muglia’s paintings/objects let see the time spent in its execution, all the various steps concerning a long, tortuous and deeply meditated way, in which the protagonists are the hands and eyes guided by an engineering based on improvisation and ability to combine disparate elements. There is something of wall in her paintings. Or of plank. Anything undecided between them and that is born of the desire to seal, build a bulkhead that, apart from its lively surface, attracts through the obtained cracks. Paintings, in general, are born out of the desire to sublimate the existence of walls that comes attached. They are something else, allegedly more special. But not in Ana’s case who prefers to produce walls, an element that betrays the ancestral desire of insulation, shelter. As Osman Lins wrote: “the walls [of a house] prevent us from dissolving into the vastness of land. Our artist brings forward what is behind, activates it, working on it until finally leaving it in a permanent state of incompleteness. We see all her decisions, deletions and additions, the marks of her actions that are deposited on a plan that can be both big as the wall of a house, like the ones she is presenting at the entrance of the office, and small as in screens where the work resolves itself into chamber music solution.

    (Extract taken from the text for the double exhibition with Rafael Pagatini held at GABY INDIO DA COSTA Art Office, Rio de Janeiro, 2012)

    • EM OBRA II, Galeria Gaby Indio da Costa, Rio de Janeiro, 2012

    • EM OBRA II, Galeria Gaby Indio da Costa, Rio de Janeiro, 2012

    • EM OBRA II, Galeria Gaby Indio da Costa, Rio de Janeiro, 2012

    • EM OBRA II, Galeria Gaby Indio da Costa, Rio de Janeiro, 2012

    • EM OBRA II, Galeria Gaby Indio da Costa, Rio de Janeiro, 2012

    • EM OBRA II (Detalhe), Galeria Gaby Indio da Costa, Rio de Janeiro, 2012